segunda-feira, 4 de agosto de 2008

GERAÇÃO DE EMPREGOS.

Nosso Pequeno Timoneiro realmente acredita que a solução para os problemas administrativos é a criação de ministérios e cargos. Os portos tem problemas? Cria-se uma secretaria com status de ministério e está resolvido o problema que o Ministério dos Transportes nunca resolveu e, além disso, ganha-se mais alguns cargos comissionados para os aliados. A Secretaria Especial da Pesca não conseguiu aumentar a produção pesqueira em nem um grama? Vamos transformá-la em Ministério, com direito a um orçamento maior e mais duas centenas de cargos comissionados. Pode não resolver o problema da pesca, mas vai diminuir o desemprego entre a companheirada.

E assim a popularidade de Lula, medida pela aprovação de 55% da população, segundo o Instituto Data Folha, continua surfando na onda alheia. Realmente as vagas de emprego aumentam, mas acabam provocando o mesmo problema do crescimento econômico. Se a economia crescer um pouco a mais, teremos racionamento de energia, exatamente aquilo que Dilma disse que não iria acontecer, por isso o Governo não se preocupa com os índices haitianos de crescimento econômico. As vagas de emprego para mão de obra não-especializada não crescem tanto quanto aquelas de nível técnico e aí reside o problema. Por não termos investido em infra-estrutura por décadas, nossos jovens fugiram das faculdade de engenharia, deixando as vagas para aqueles que tinham muito pouco preparo. O exemplo do que vem acontecendo no litoral sul do Rio de Janeiro é uma mostra do que temos pela frente. Com a construção de uma siderúrgica por parte de um grupo alemão, com terminal portuário próprio, nas proximidades de Sepetiba, as vagas técnicas, aproximadamente 3.000, não conseguiram ser preenchidas. O grupo pretendia trazer engenheiros chineses, mas foi impedido pelos sindicatos, que permitiu apenas a entrada de aproximadamente 600. Note-se que os estrangeiros não iriam tomar o lugar de brasileiros, pois não haviam tupiniquins qualificados para as vagas. Hoje temos engenheiros, médicos e advogados incapazes de preencherem corretamente um relatório. A falta de investimento em educação nos joga num buraco sem fundo e sem perspectiva de futuro. Não adianta criar um Ministério da Pesca se não investimos em pessoal técnico de pesquisa na área. Não adianta criar uma Secretaria de Portos, e só nomear compadres para cargos técnicos. Muito menos politizar a Embrapa vai fazer nossa agricultura se tornar mais competitiva.

Já que Lula gosta tanto de viajar, bem que podia fazer uma visita à Irlanda e perguntar como eles fizeram a revolução educacional deles. Pelo menos essa viagem valeria a pena.

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